Por: Marcelo Schumann
Estes dias me deparei com a seguinte situação:
Uma pessoa foi extremamente ríspida
com o seu irmão em Cristo. Mas na primeira oportunidade que teve se desculpou
com o seu irmão, pois já estava angustiado e arrependido pelo ocorrido.
Chegou até seu irmão, explicou
a situação, reconheceu seu erro, pediu perdão ao irmão e disse que não o faria
mais.
O “irmão” sorriu e disse que
ele não precisava se preocupar por que o ocorrido não teria afetado sua
estrutura e que fez por merecer tal repreensão com rispidez, e que também não o
faria mais. Por fim disse a palavrinha mágica: “Está perdoado meu irmão!”
Mas como nem tudo são flores,
ele parece ter escondido o rancor e a mágoa lá no fundo do seu coração e não
liberou por completo o perdão do seu irmão em Cristo.
Na verdade ele foi mais um
fariseu, pois quis mostrar o que ele realmente não o é!
A palavra do Senhor é clara
quando diz, se o
teu irmão pecar contra ti sete vezes, não o perdoe sete vezes, mas sim setenta
vezes sete. (Mt
18:21-21).
Portanto essa palavra nos
mostra que ao perdoarmos setenta vezes sete, o exercício do perdão deve ser
constante, deve prevalecer sobre o ódio, o rancor e a mágoa. É uma atividade
constante e diária.
Quando perdoamos
verdadeiramente, esquecemos o ocorrido, não cutucamos a ferida novamente e
deixamos que ela cicatrize. Em outras palavras, quando perdoamos
verdadeiramente deixamos Deus agir e não tocamos mais no assunto com ninguém.
Nem com o pastor da igreja, nem com a esposa, nem com os irmãos, nem com os
pais, nem com ninguém.
ACABOU! PAPO ENCERRADO! O
perdão foi liberado verdadeiramente.
Agora, quando o perdão não é
liberado verdadeiramente, o risco de sentirmos o peso da mão de Deus é
estarrecedor. Observe em Mateus
18:23-35, onde diz:
Por
isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com
os seus servos;
E,
começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil
talentos;
E,
não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus
filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe
pagasse.
Então
aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para
comigo, e tudo te pagarei.
Então
o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a
dívida.
Saindo,
porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem
dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então
o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso
para comigo, e tudo te pagarei.
Ele,
porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo,
pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram
declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então
o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te
toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não
devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive
misericórdia de ti?
E,
indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o
que devia.
Assim
vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a
seu irmão, as suas ofensas.
Pesada as palavras aqui
lidas, né?
Assim será com qualquer um de nós, que não liberarmos o verdadeiro perdão
ao nosso ofensor, pois o Senhor nos liberou de todas as nossas dívidas, pecados
e ofensas quando enviou o seu Santo filho pra cruz, para que ali, Ele levasse
consigo todos os nossos erros. Ali na cruz a nota promissória da
dívida foi paga e o perdão foi nos dado. (GLÓRIAS A DEUS!!!)
Quando aceitamos a Cristo em nossas vidas, aceitamos o desafio eterno de
sermos perdoadores, tornando-nos com um caráter inigualável perante esta
sociedade mesquinha e egoísta, pois até os nossos inimigos devemos perdoar, dar
de comer e beber e até suportá-los.
Quando não perdoamos verdadeiramente (de coração) as portas do céu se
fecham por completo em nosso favor, Deus não opera em nossas vidas, somos
atacados constantemente pelos gafanhotos (pois
estamos em dívida com Deus), sem contar que trazemos para nós as doenças psicossomáticas. (Doenças
causadas por qualquer tipo de sintoma,
seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional,
comportamental, social ou familiar).
Sem contar que ainda tem o agravante de participarmos INDIGNAMENTE da
Santa Ceia do Senhor, estando com o pecado do “Não Perdão”.
ISSO
É GRAVÍSSIMO IRMÃOS!
Portanto,
qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será
culpado do corpo e do sangue do Senhor.
Examine-se,
pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Porque
o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não
discernindo o corpo do Senhor.
Por
causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.
Porque,
se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.
Mas,
quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos
condenados com o mundo.
Mas como saberei que
não liberei verdadeiramente o perdão ao meu ofensor?
Simples....
- Quando você sair comentando pra qualquer um o ocorrido, julgando o seu ofensor;
- Quando você diz que liberou perdão, mas não quer ver nem de longe (ou nem pintada de ouro) a pessoa que lhe ofendeu;
- Quando você dá a Paz do Senhor a ela, e quando ela vira as costas e saí, você fala mal dela e etc.
E como saberei que
liberei verdadeiramente o perdão?
Mas simples
ainda....
- Quando você ver a pessoa que foi perdoada e sentir uma paz enorme dentro de você que poderia chegar ao ponto de abraça-la bem forte, dar-lhe um beijo ósculo (sem malícia, no rosto) e dizer-lhe o quanto você gosta dela.
Tudo bem! Tudo bem! Sem
exageros. (rsrssrs...)
Mas pelo fato de você sentir uma paz dentro de você e cumprimentá-la
verdadeiramente, sem ironias, é um sinal de que você perdoou de coração esta
pessoa.
Espero que apartir de agora, você e eu possamos exercer com qualidade a
característica de Cristão que o Senhor Jesus Cristo nos deixou...
PERDOAR 70x7 os nossos ofensores.
É difícil? Pode ser! Mas não é impossível! Basta querer!
E se por ventura não der conta, clame por aquele que irá ajudá-lo. Clame pelo auxílio do Senhor Jesus.
Dica: Se você ainda não liberou de
coração e verdadeiramente o perdão para alguém que lhe ofendeu, aproveite esta
oportunidade eo faça agora. Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.
LIBERE O PERDÃO e você se sentirá leve e as bênçãos do Senhor virão sobre
sua vida com júbilos novamente.
Se você acha que não tem nada contra ninguém, ore para que o Senhor venha
lhe revelar se existe algo em seu coração que precisa ser liberado o perdão.
ORAÇÃO: Pai celestial,
eu ainda não consigo liberar verdadeiramente o perdão ao meu ofensor. Mas neste
momento Senhor, ajuda-me a liberar este perdão para que eu possa receber
constantemente o seu perdão Pai, pois sou falho e pecador. Sou pobre e
necessitado. Ajuda-me Senhor pois quero ver a tua
glória em minha vida. Muito obrigado, Amém!
Deus te abençoe
Marcelo Schumann
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